domingo, 18 de julho de 2010

Uma experiência psicodélica é uma jornada a novos reinos da consciência. A abrangência e


o conteúdo da experiência são ilimitados, mas suas características são a transcendência de

conceitos verbais, das dimensões de espaço-tempo, e do ego ou identidade. Tais

experiências de consciência expandida podem ocorrer de diversas formas: privação

sensorial, exercícios de ioga, meditação disciplinada, êxtases religiosos ou estéticos, ou

espontaneamente. Mais recentemente elas se tornaram disponíveis para qualquer um

mediante a ingestão de drogas psicodélicas como LSD, pscilocibina, mescalina, DMT, etc.

Obviamente, a droga não produz a experiência transcendental. Ela apenas age como uma

chave química – ela abre a mente, liberta o sistema nevoso de seus padrões e estruturas

ordinários. A natureza da experiência depende quase inteiramente do arranjo e do cenário.

Arranjo refere-se à preparação do indivíduo, inclusive de sua estrutura de personalidade e

do seu humor no momento. Cenário é o elemento físico – o clima, a atmosfera do

ambiente; o social – sentimentos das pessoas presentes; e cultural – visões predominantes

sobre aquilo que é real. É por esta razão que manuais ou guias são necessários. Sua

proposta é fazer com que a pessoa seja capaz de entender as novas realidades da

consciência expandida, servir como mapas rodoviários das novas zonas interiores que a

ciência moderna tornou acessíveis.

Diferentes exploradores produzem mapas diferentes. Outros manuais estão para ser escritos

segundo modelos diferentes – científicos, estéticos, terapêuticos. O modelo tibetano, no

qual este manual é baseado, visa ensinar a pessoa a direcionar e controlar a consciência de

modo a alcançar o nível de entendimento diversamente chamado de liberação, iluminação

ou esclarecimento. Se o manual for lido várias vezes antes de uma sessão, e se uma pessoa

de confiança estiver lá para lembrar e refrescar a memória do viajante durante a

experiência, a consciência será libertada dos jogos que constituem a “personalidade” e das

alucinações positivas-negativas que freqüentemente acompanham os estados de consciência

expandida. O Livro Tibetano dos Mortos é chamado em sua língua própria de Bardo

Thodol, que significa “Libertação pela Audição no Plano Pós-Morte.” O livro realça que a

consciência livre precisa apenas ouvir e lembrar-se dos ensinamentos de forma a ser

libertada.

2 comentários:

Unknown disse...

a d o r e i i ! ! .. sucessoo!! .. mondi bjoo

Gi Motta disse...

fantástico, amore!